12 de agosto de 2012

Extras Lua Nova - Narcóticos

(Você reconhecerá essa cena do final do capítulo dois de Lua Nova. Só algumas falas estão diferentes. No primeiro rascunho, Carlisle deu remédios para a Bella para tirar a dor dos machucados, e ela teve uma reação incomum.
Por que esse ângulo foi cortado? Um, porque meus editores acharam que o astral estava errado (eu tento fazer piada de tudo, e eles tentam me conter). Dois, eles não acharam que a reação da Bella fosse real. A piada foi para eles, porque a história é baseada numa experiência real mesmo – não foi minha, dessa vez).
Narcóticos
Eu desmoronei no meu travesseiro, sufocando, minha cabeça girando. Meu braço não doía mais, mas eu não sabia se era por causa dos remédios ou do beijo. Algo ficou rondando a minha memória, vago, nos cantos…
- Desculpe – ele disse, e estava sem fôlego também. – Isso passou dos limites.
Para a minha surpresa, eu ri. – Você é engraçado – eu murmurei, e ri novamente.
Ele franziu a testa para mim no escuro. Parecia tão sério. Era engraçado demais.
Eu cobri minha boca para abafar a risada para que o Charlie não escutasse.
- Bella, você já tinha tomado Percocet antes?
- Acho que não – eu ri. – Por quê?
Ele revirou os olhos, e eu não conseguia parar de rir.
- Como está o seu braço?
- Não sinto nada. Ele ainda está aí?
Ele suspirou enquanto eu dava risada. – Tente dormir, Bella.
- Não, eu quero que você me beije de novo.
- Você está superestimando meu autocontrole.
Eu dei outra risada contida. – O que está te incomodando mais, meu sangue ou o meu corpo? – Minha pergunta me fez rir.
- É um empate – ele sorriu sem vontade. – Nunca a vi alterada. Você fica muito interessante.
- Não estou alterada – eu tentei evitar os risinhos para provar.
- Durma – ele sugeriu.
Eu percebi que estava me fazendo de tonta, o que não era muito incomum, mas ainda era vergonhoso, então tentei seguir o conselho dele. Coloquei minha cabeça em seu ombro outra vez e fechei meus olhos. Uma vez ou outra risada escapava. Mas elas ficaram menos freqüentes quando os remédios me acalmaram até eu ficar inconsciente.
Me senti completamente péssima de manhã. Meu braço queimava e minha cabeça latejava. Edward disse que eu estava de ressaca, e recomendou Tylenol ao invés de Percocet antes de beijar a minha testa e sair pela janela.
Não ajudou minha perspectiva que o rosto dele estava indiferente e remoto. Eu estava com muito medo das conclusões a que ele podia ter chegado durante a noite, enquanto me via dormir. A ansiedade pareceu aumentar a intensidade das dores na minha cabeça.
Eu tomei duas doses do Tylenol, jogando o frasquinho de Percocet na cesta de lixo do banheiro.

Fonte

Sem comentários: