18 de fevereiro de 2014

TFM: Review de "Camp X-Ray"



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Camp X-Ray é uma história sobre uma jovem mulher, Amy (interpretada por Kristen Stewart) enquanto ela se alista no serviço militar para escapar de sua pequena cidade. Levando-a ter uma vida como um guarda na Baía de Guantánamo.

Cercada por paredes frias e uma rotina diária monótona, intercaladas com rajadas de atividade envolvendo prisioneiros agitados, Amy desenvolve lentamente um relacionamento com um dos presos, Ali Amir (interpretado por Peyman Moaadi). A maior parte do trabalho de Amy é andar ao redor do bloco de celas de Guantánamo olhando cada preso através de uma fenda da janela.

Estas sequências do filme são tão impressionante quanto elas soam, com filmagens deliberadamente lentas do chão frio retangular da prisão compilado com oito celas de prisão. Os guardas prisionais serpenteando em círculos, colocando suas cabeças em cada janela. Esta é uma tentativa do projeto em nos colocar naquele mesmo estado mundano que existe a maior parte do tempo em Guantánamo. Quando o personagem de Moaadi, Ali Amir, tenta iniciar uma conversa com Amy, parece que ele vai tentar manipulá-la para algum benefício. Se você está pensando em 'O Silêncio dos Inocentes ", o cineasta está muito à frente com Amy, mostrando que ela não vai ser deixar ser enganada, fazendo sua própria referência literal ao filme durante uma breve conversa com Ali.


O filme também aborda ligeiramente a vida cotidiana entre os guardas dentro das paredes frias de aço  de Guantánamo, beber durante a noite em bar improvisado e encontros por dia em uma cafeteria, mal começa a levantar seus espíritos enquanto eles contam os dias até o turno de serviço acabar. Não passou despercebido para nós, a noção de que os guardas estão em sua própria prisão. Amy também tem de lidar com um guarda masculino, sexualmente agressivo, ainda que brevemente, quando este ponto da história se passa por alto. Em geral apenas um número limitado de potenciais enredos, a respeito do serviço militar, são aflorados.

O diretor Peter Sattler , a atraente Kristen Stewart e Peyman Moaadi tomam o centro do palco e nos fornece um vislumbre das complexidades da interação humana entre duas pessoas de lados opostos de um conflito internacional. Os debates políticos em torno de Guantánamo intencionalmente não foram abordados por Sattler ao longo do filme . Peter Sattler originalmente queria que esse filme fosse centrado, sobre um relacionamento entre duas pessoas em um cenário improvável. Quaisquer referências diretas a Guantanamo são encontradas nos detalhes meticulosos que Sattler pesquisou ​​para fornecer uma experiência de vida, mais realista possível dentro desse mundo ilusório de Guantánamo.

Primeiro tive reservas sobre ver Kristen Stewart retratar um guarda militar, geralmente fora de seus papéis habituais de atuação. Embora, ela tenha provado no Sundance Film Festival, a mim e aos críticos que estávamos errados, que ela é extremamente convincente em seu papel como uma mulher da cidade pequena querendo fazer algo de sua vida dentro da área militar. Esperemos que este papel esmague alguns de seus opositores em relação a seu filme anterior,'Crepúsculo', e papéis nos Indies de romance cômico e que abra perfis mais desafiadores para suas futuras produções. Peyman Moaadi também atua muito bem como um acusado de terrorismo, cuja inocência continua a ser uma pergunta persistente por toda parte. Moaadi acumula a nossa atenção ao tentar fazer amizade com Kristen Stewart enquanto ela patrulha pela sua janela dia após dia. Até o final do filme, descobrimos o quão conectado é a relação entre eles.

Sinto que durante a temporada de premiação do ano que vem nós vamos estar, no mínimo, falando sobre Camp X-Ray como um possível candidato ao Independent Spirit Awards, semelhante ao indicado ao Oscar deste ano Fruitvale Station que também estreou no Festival de Sundance.

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