30 de maio de 2014

NOVA ENTREVISTA DE DAKOTA FALANDO COM O THE DAILY BEAST

Confiram a entrevista de Dakota ao site The Daily Beast, onde ela conta mais sobre Night Moves e outros assuntos:

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Quando Dakota Fanning tinha apenas 7 anos de idade, ela levou para casa seu primeiro prêmio, batendo nomes como Daniel Radcliffe pelo prêmio Melhor ator mirim/Melhor Atriz mirim do Broadcast Film Critics Association, por sua brilhante e tocante atuação como a filha de um pai com problemas mentais , interpretado por Sean Penn em Uma Lição de Amor.

Ela marchou para o palco para dar seu discurso de aceitação, mas não conseguia alcançar o microfone. Então, o apresentador da categoria, Orlando Bloom, sempre um cavalheiro, a levantou para que ela alcançasse o microfone, e a segurou enquanto Dakota dava seu discurso e agradecimentos. A estrela de ‘O Senhor dos Anéis’ estava esperando algo curto e doce, um discurso que fosse condizente a sua idade. Não tão rápido. A precoce Fanning desenvolveu um articulado discurso de 2 minutos endereçado a seu trio de agentes, time administrador e a seus concorrentes, e até aos executivos da distribuidora New Line Cinema. A cena bizarra, o boneco Ken de 20 e poucos anos segurando esta notável consciente criança enquanto ela discursa um discurso abrangente de aceitação, tendo um cômodo com os atores de primeira categoria de Hollywood como ouvintes.

Com 10 anos, depois de aprender espanhol para interpretar a ‘filha substituta’ de Denzel Washington em Chamas da Vingança, o papel designado de “mais sabia do que sua idade” se tornou um terrível clichê. Robert Ebert ate chamou a loira de profissional.


10 anos e 3 filmes de Crepúsculo depois, Fanning se transformou de a querida de Hollywood para a excelente confiante estrela de indie – uma reviravolta na carreira que ela fez após ela se encontrar paralisada pelo grande improvisado Blue Valentine. Seu último e indiscutível melhor filme é Night Moves, nos cinemas dia 30 de Maio. Foi escrito e dirigido por Kelly Reichardt (Meek’s Cutoff), que rapidamente se tornou a primeira retratista de Pacific Northwest.

Fanning estrela como Dena, uma menina rica da costa leste que se tornou ativista ambiental que patrocina uma perigosa missão de destruir uma barragem hidrelétrica com um barco (chamado Night Moves) cheio de explosivos. Ela se junta ao líder do grupo, Harmom (Peter Sarsgaard), um ex-militar, e Josh Stamos, um fazendeiro orgânico ambientalista radical interpretado por Jesse Eisenberg. A missão não ocorre como planejada, e a gangue, particularmente Dena e Josh lutam para lidar com as consequências.

"Kelly iria querer que eu dissesse que eles não são ‘eco-terroristas’ e ela o que é um ‘eco-terrorista’”, diz Fanning.“As coisas que as pessoas fazem para alguma causa resultam em pequenas mudanças e algumas vezes, você nunca vê um resultado, então para essas pessoas, eles precisam de algo que você possa ver imediatamente. Eles querem fazer uma grande declaração, ao invés de desligar as luzes quando sair ou não ligar o ar condicionado o dia inteiro.”

O filme foi filmado em locações em Medford e Ashland, no Oregon, por cinco semanas, com Fanning completando suas semanas em três semanas e meia. Enquanto Reichardt é uma cineasta naturalista que deixa seus filmes e personagens respirarem – uma verdadeira raridade na era dos super heróis- ela também é uma trabalhadora rápida, geralmente requerendo um ou dois takes por cena, o que Fanning descreve como “uma experiência intensa”. Os atores ficaram hospedados no mesmo motel, e Eisenberg e Fanning dirigiam para o trabalho todos os dias. E havia apenas um grande trailer para a equipe inteira.

A parte de ter tido a chance de trabalhar com um dos diretores de filmes mais subestimados como Reichardt, Fanning, que está estudando na New York University, também foi atraída para filmes com temas ambientais, especialmente quando tem a ver com mudanças climáticas.

“Não podemos continuar usando nosso planeta do jeito que estamos usando agora e não dar nada em troca, e a ideia de, ‘Ah, mas está bem, eu não terei que lidar com isso durante a minha vida toda,’ bem, você precisa pensar sobre as gerações futuras, que irão ter de lidar com isso,” ela diz.

Enquanto a NYU vai, Fanning esta se especializando em estudos da mulher com um foco, interessantes o bastante, em ‘o papel da mulher em filmes e na cultura.”

“É uma coisa que eu estudei e pensei muito sobre,” ela diz. “É raro ver mulheres em algum filme que não são, de alguma maneira, dependente de um homem, ou discutindo sobre um homem, ou tendo seus corações quebrados por um homem ou acabando sendo felizes por causa de um homem. É interessante pensar sobre isso, e é verdade. Claro que os homens são parte da vida das mulheres, e está tudo bem, mas é muito importante ver mulheres fortes e independentes fazendo suas próprias escolhas e que não estão totalmente a mercê de algum homem. Não deveria ser, “Oh este homem me ama?’ Deveria ser, ‘Eu amo essa pessoa?’”.

Ela pausa. “É sobre ambos gêneros serem iguais. Há uma história onde, quando uma mulher chega em uma certa idade nesta indústria, os papéis começam a ser apenas de mãe, mulher, ou da senhora solteira. Deve haver mais variedade de papéis, porque há tantos caminhos diferentes que os seres humanos seguem e eles devem ter uma chance de serem vistos.”

Com apenas 20 anos, a atriz conseguiu atuar junto com alguns dos melhores atores por aí, de Tom Cruise, que deu seu primeiro celular como um presente de 11 anos, a Robert De Niro, que a presenteou com uma boneca que representava sua personagem no filme deles, O Amigo Oculto. Fanning, a sempre alma velha, retornou o favor, tricotando cachecóis para os atores.

O melhor conselho em sua carreira que ela recebeu, ela disse, veio de Steven Spielberg, que a dirigiu junto com Cruise em um grande remake de Guerra dos Mundos.

“Eu trabalhei com ele quando eu era criança e eu manti contato com ele – ele é uma grande parte da minha vida,” diz Fanning. “Eu estava passando um momento muito difícil e ele me disse, ‘Este não será o primeiro tempo difícil que você irá passar, sempre haverá um – mas você tem que apenas continuar seguindo seu caminho e experimentando sua própria jornada.’”

Fanning descreve o “momento difícil” como “muito pessoal” e não elaboraria mais. Apesar desde período negro, presumidamente em torno da época de Hounddog em 2007, onde a jovem atriz e seus pais receberam duras críticas por permitirem que ela participasse de um filme pesado onde sua personagem é estuprada, ela diz que ainda ama muito atuar e não pretende mudar de carreira.

“Enquanto eu estou trabalhando, mesmo quando é algo desafiador e difícil, não há nenhum lugar onde eu queria estar,” ela disse, abrindo um grande sorriso. “É assim que você sabe se realmente ama o que está fazendo- quando você esta no ponto mais baixo, você dormiu apenas por duas horas, está zero graus, você está faminto, cansado, as pessoas estão tirando sarro um do outro, e você pensa, ‘Eu ainda amo estar aqui.’”


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