13 de junho de 2012

Fanfic Por Mil Anos - @amaraltati1 (capitulo 9)

Edward levou a sério a sua condição. Passamos os outros três dias apenas nos encontrando rapidamente entre uma palestra e outra, a noite ele sempre dava um jeito de estarmos entre amigos, o que não me impedia de ficar com ele, mas sim de avançar o sinal, que era o que eu queria. No final do último dia minha sorte mudou. Nós teríamos que embarcar no outro dia bem cedo, então Edward subornou Emmett para que ele ficasse longe do quarto por bastante tempo para que nós dois pudéssemos ficar mais a vontade. Pensei que meu estômago fosse estragar tudo, pois com a notícia eu fiquei tão animada que ele começou a embrulhar, mas eu consegui me conter.

Quando a noite caiu, eu já estava andando impaciente pelo quarto, Jéssica e Ângela iriam sair com dois rapazes que elas conheceram e eu precisava que elas saíssem para que eu pudesse correr para o quarto do Edward. Dei risada sozinha lembrando que depois que Edward me avisou do nosso programa para a noite eu praticamente corri para uma loja de Lingerie e mesmo ruborizada fiz a vendedora me vender o que tinha de mais sexy. Agora sim eu queria ver Edward continuar com essa história de só depois que eu terminasse com o Mike. Não que eu não quisesse terminar logo com isso e poder ficar eternamente nos braços do Edward, eu queria muito isso, mas não precisava ser nesta ordem.

Eu poderia ficar nos braços do Edward e depois terminar tudo com o Mike. Sem que ninguém sofresse, ao menos sem que sofresse tanto. Quando as garotas finalmente saíram, eu percebi a minha deixa e corri para o quarto do Edward, que me recebeu com muita, muita, muita, intensidade. Só no nosso primeiro beijo já fomos parar deitados na cama.  Edward estava especialmente carinhoso. Com seu corpo deitado sobre o meu, eu não me importava se o mundo acabasse naquele momento. Brincadeirinha. Eu me importava sim, ele podia esperar mais alguns minutos, até que eu conseguisse o meu real objetivo. Depois podia acabar que eu morreria satisfeita. 

Edward estava jogando pesado com meus hormônios, que estavam incontroláveis. Cada gesto, cada carinho, cada beijo, me deixava louca de desejo. Mas como ele tinha prometido, logo que começamos, ele tratou de acabar, com seu sorriso absurdamente lindo no rosto. Eu apenas suspirei e pensei no que eu estava usando por debaixo do meu lindo vestido. Essa seria a minha arma contra toda a teimosia dele.
- O que quer fazer? – levantei uma sobrancelha debochando da pergunta dele. – Tudo bem. Reformulando. O que quer fazer que não esteja relacionado com sexo? – revirei os olhos para sua pergunta e ele deu risada.
- Nada. Tudo o que quero fazer esta noite esta relacionada ao fato de eu querer estar com o homem que eu amo, fazendo o que eu só posso e quero fazer com ele. Mas infelizmente. – fiz a minha melhor cara de inocente. – O homem que eu amo e quero, não quer o mesmo que eu.

Ele estreitou os olhos para mim.
- O homem que você ama, que, diga-se de passagem, te ama muito também, quer o a mesma coisa que você, porém quer de uma forma mais digna. Sem que no dia seguinte tenha que assistir a outro beijando e acariciando a mulher da vida dele, que, ressaltando, estava na cama com ele ah poucas horas. – senti meu peito afundar, mas eu não desistiria.
- E se a mulher de sua vida te der garantia que resolverá logo este problema?
- A mulher da minha vida me disse isso há dois longos meses. Não posso concordar mais com isso. – fiz biquinho para ele. – Vamos assistir a um filme?
- Não estou com paciência para isso. Mas quem sabe eu me animo. Que filme vamos assistir?
- Qualquer um que esteja passando. – ele responde pegando o controle da TV. Edward ficou passando pelos canais sem encontrar nada de interessante para assistirmos, ele acabou escolhendo por canal nada interessante de documentário. Ele estava testando a minha paciência, então decidi que era a hora de testar a dele também. Deitados ainda na cama eu encostei a cabeça no peito dele fingindo interesse pelo assunto da TV e como se não quisesse nada passei minha perna pelo seu corpo ficando esta desnuda. Senti Edward suspirar, então encostei mais ainda meu corpo no dele.

- Vou pegar umas bebidas para a gente. – disse Edward já se separando de mim.
- Tá legal. – respondi sem interesse, mas já com o plano todo formado em minha cabeça.

Quando Edward voltou com as bebidas eu muito desastradamente deixei com que o meu copo virasse em meu vestido molhando-o todo.
- Nossa! Que desastrada eu sou.
- Caramba Bella, molhou você toda. Vou pegar uma camisa minha.
- Não precisa. – Rapidamente tirei o vestido revelando a lingerie mínima que eu tinha comprado exatamente para este momento. – Tá calor mesmo. – vi os seus olhos se arregalarem e ele passar as mãos pelos cabelos demonstrando nervosismo. Sem dar atenção a sua reação deitei de bruços na cama e fiquei assistindo ao documentário que estava passando, falava sobre igrejas do século XIII na Europa.

Quando eu menos esperava Edward se deitou, sem fazer peso, em minhas costas e tirou meu cabelo do pescoço mordiscando a minha pele.
- Quer me deixar louco é? – não consegui evitar meu risinho convencido. – Bella. – ele me alertou. – Não faça isso comigo. É muita maldade.
- O que eu fiz? – falei inocentemente.
- Isso não é uma lingerie. É a placa indicando onde é o céu. – ele mordiscou minha orelha. – Ou o inferno.

Edward me virou para ficar de frente a ele. Seus olhos eram gulosos e detalhistas. Eles analisavam todas as partes do meu corpo, e suas mãos ajudavam na conferência do material. Mais uma vez deixei minha risada convencida escapar. E Edward me beijou com vontade. Desta vez o nosso desejo foi mais intenso do que na cachoeira. Minhas mãos facilmente conseguiram se livrar da camisa dele que nem questionou a minha ousadia. Suas mãos quentes e ágeis passeavam pelo meu corpo. Edward se levantou ficando acima do meu corpo, me deixando entre as pernas dele. Seus dedos faziam figuras geométricas pelo meu ventre. Ele levemente passou os dedos por entre meus seios e eu gemi com o possível contato. E então seus dedosdesceram até o limite da minha calcinha fazendo carinhos levemente por ali. A ansiedade me assolava.

Quando abri meus olhos Edward estava me olhando. Era diferente a forma como ele me olhava. Tinha ainda o desejo de outrora e ainda descarregava correntes elétricas em mim, mas adicionado a isso, tinha uma ternura indescritível. Ele me olhava como se eu fosse a mais perfeita das criaturas, e então me dei conta que ele me olhava com amor. Meu coração martelava em meu peito e eu conseguia ouvir suas pancadas fortes soando em meu ouvido. Ele voltou pra o meu rosto e ali ficou fazendo carinho sem tirar os olhos dos meus.
- Você é linda! – ele disse. – Perfeita! – eu sorri para ele com carinho. Seus olhos eram de admiração. – Eu te amo!
- Eu te amo também. – eu respondi sem tirar os meus olhos do dele.
- Por que você não pode ser minha? – ele baixou os olhos e eu percebi que ele tinha feito esta pergunta para ele mesmo. Abracei o seu corpo tentando confortá-lo.
- Eu já sou sua.
- Não. Não é. Por mais que eu saiba que você também me ama, que você quer ser minha, eu sei que você não é. E não posso me permitir acreditar em algo que eu nem tenho ideia de quando vai acontecer.
- Amanhã. – fui pega de surpresa com a minha afirmação. No fundo eu sabia que teria mesmo que fazer isso. Depois dos nossos últimos dias, eu não conseguiria mais ficar longe do Edward, então antes mesmo que eu tivesse me dado conta, a decisão já tinha sido tomada.

Edward ficou surpreso com minha revelação.
- Que mudança! – ele disse ainda confuso.
- Eu amo você. – eu disse suavemente. – Não quero mais ficar longe. – ele soltou o ar que estava preso e sorriu apoiando a cabeça em meu ombro.
- Você não sabe o quanto eu esperei por isso.
- Eu sei sim. Foi a mesma espera minha. Nós somos um só, o que você está sentindo eu sinto, o que você quer eu quero. Eu também sofri sem você esse tempo todo Edward. – fiquei calada por um tempo evitando as lágrimas que seformavam, de escaparem. – Mas agora já chegou à hora disso tudo acabar e nossas vidas tomarem o rumo certo. – eu falei decidida.
- “Eu morri todos os dias esperando você. Amor, não tenha medo. Eu te amei por mil anos. E te amarei por mais mil.” – mais uma vez Edward cantarolou em meu ouvido aquela que era a nossa canção, e eu enfim deixei as lágrimas escaparem. Estava emocionada. Eu o amava tanto. Não existam dúvidas, nem medo. Ele era o que me faltava, o que me completava. Por isso éramos um, divididos ao meio.

Edward me aninhou em seus braços e ficamos assim por muito tempo.
- Acho melhor você vestir alguma coisa. Emmett pode aparecer.
- Meu vestido esta todo molhado. – ele riu.
- Eu sei. Você molhou ele na tentativa de me convencer a burlar a minha própria regra. – ele estreitou os olhos fazendo biquinho como uma criança birrenta. Não consegui evitar a risada que me entregava. – Vista uma camisa minha enquanto eu coloco o vestido para secar. – obedeci vestindo o que ele tinha me dado. Edward me olhou e sorriu.
- O que foi? – perguntei examinando se eu estava muito patética com aquela camisa muito maior do que eu.
- Você fica sexy até com uma camisa enorme. – fiquei totalmente corada. – Vem cá. – ele me chamou para seus braços.

Como não tínhamos nada melhor para fazer voltamos a nossa atenção para o documentário que já estava passando na TV. Uma parte chamou a minha atenção e eu me concentrei no que a repórter falava.
“O ponto mais interessante na história da Catedral de Notre-Dame de Reims, é a lenda que dei origem a sua história mais conhecida: O corcunda de Notre-Dame. Aqui a população descreve com carinho uma lenda um pouco mais romântica que incentiva aos jovens a lutarem pelo seu amor. Conta à lenda que no ano 1211, aqui em Reims, existia uma pequena igreja, consagrada a Nossa Senhora de Reims, onde corriam as coroações reais. Neste ano a pequena igreja começou a ser transformada em catedral, e para tanto, foi enviado para a cidade um padre, que cuidaria da sua construção e dos seus fiéis. O padre Mathison, era conhecido pela sua rigorosidade com as leis da igreja, e por issoele era temido entre os fiéis. Dizem que passou pela cidade um grupo de ciganos e dentre estes estavam, Bianca e Eduardo, um casal apaixonado que cumpriam a tradição do seu povo. Eles se apresentavam por onde passavam com um número onde ela dançava enquanto ele tocava músicas ciganas. Bianca era linda com sua pele morena e cabelos negros que caiam até a sua cintura. Enquanto ela dança o padre Mathison a observava de sua janela. Ele se apaixonou imediatamente. Ma como poderia? Ele era padre. Não era permitido a ele este tipo de comportamento. Mas também ele era uma autoridade, e mesmo se desvirtuando, não lhe aconteceria nada, e ninguém precisava ficar sabendo. Imediatamente ele elaborou o seu plano. À noite, alegando que Bianca dançava como uma manifestação do demônio ordenou que ela fosse presa para ser interrogada. Com isso ele poderia tê-la para ele sem que levantasse suspeitas. Porém Eduardo não se convenceu em perder a sua amada e durante a madrugada ele conseguiu escalar os muros da igreja e foi em busca de Bianca. Ele atravessou um corredor escuro e encontrou uma porta com uma luz fraca saindo lá de dentro. Imediatamente se pós em alerta. Do lado de fora ele conseguia ouvir o que se passava dentro da sala iluminada. O padre estava tentando ter Bianca, e ela chorava e implorava para que ele a deixasse em paz, mas ele não se importava com o sofrimento dela. Estava insano. Eduardo então abriu sorrateiramente a porta e entrou na sala. O padre estava de costa para ele. Praticamente deitado sobre Bianca que estava com as mãos amarradas. Bianca olhou para Eduardo e sem querer revelou ao padre que ele estava ali. Assim o padre conseguiu se desvencilhar da primeira investida de Eduardo e os dois travaram então uma luta corporal. Eduardo era mais forte, mas o padre sabendo que perderia, pegou uma vela que iluminava a sala e a atirou no feno que estava espalhado por todo o local. Rapidamente um incêndio foi formado. Eduardo tentou lutar ainda contra o padre, mas ele precisava tirar Bianca do local porque o fogo estava se espalhando rápido demais, e ela estava amarrada sem conseguir fugir. O padre prevendo o que Eduardo pretendia, aproveitou o seu momento de desespero e o amarrou com uma corda no pescoço até que ele desmaiasse. Porém quando estava indo em direção a Bianca, uma viga caiu entre eles e o padre ficou preso entre as pernas sendo imediatamente queimado vivo. Bianca e Eduardo firam presos no incêndio, ela presa e ele inconsciente, não havia nada que pudesse ser feito.

Edward quando acordou percebeu que não teria mais com escapar, então se abraçou a Bianca e logo em seguida o teto da igreja desabou sobre eles, que morreram juntos e abraçados. Esta não é uma história de amor perfeita, mas é a mais popular entre os moradores da região, que afirmam que esta história vem se repetindo há anos, como uma forma de resgatar o que ficou perdido para os amantes.”

A repórter continuou falando mais um pouco, mas a minha mente trabalhava a todo vapor.
- Que estranho. – falei pensativa.
- O que? – Edward estava abraçado a mim fazendo carinhos em minhas costas.
- Em dois meses eu ouvi três histórias deste tipo, com casais lutando para ficar juntos, que acabam morrendo e outra pessoa que sempre tenta ficar com a garota. Isso é estranho.
- Não. Existem mais de um milhão de histórias assim é só pesquisar no Google. – Edward riu.
- Tem razão.

Voltei minha atenção para Edward deixando esta ideia de lado. Eu devia estar assustada com o que teria que fazer no dia seguinte: terminar com Mike, e por isso estava me deixando impressionar por estas histórias. Fechei os olhos e abracei ainda mais forte o corpo de Edward. O dia seguinte seria complicado. Eu precisava me preparar para ele.

Continua...
  

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